Confit - História












Egípcios Fazendo Vinho 
Quando surgiu o Confit? Boa pergunta sem uma resposta muito definitiva. Ao puxarmos pela memória de nossas avós, algumas vão se lembrar de sua utilização em tempos pré-popularização das geladeiras. Principalmente com aquelas com passado mais rural. Pois é nestas condições aonde conservar alimentos é mais um dos problemas cotidianos. 

Mas buscando na história mais distante, encontramos que o Confit já era uma técnica utilizada por egípcios, bem como por gregos e romanos. Há quem afirme que o Confit, provavelmente chegou à  Europa através da diáspora judaica (?). De fato o judaísmo, como prática religiosa, estabelece uma série de restrições quanto à alimentação. Estas limitações ao ato de cozinhar e a conservação das carnes, nada restringe ao ato de conservar alimentos em azeite ou gordura animal. O que pode ser um estímulo à utilização de técnicas desta natureza.

Outro fator interessante é que a conservação de carnes em gordura respondia a uma preocupação diária: o medo da escassez de alimentos. Desta forma durante séculos, o principal interesse pelas aves “gordas”, era para fornecer uma reserva de gordura animal que pudesse auxiliar a conservar as carnes.

Henrique IV, rei de França


De qualquer forma foi durante o reinado de Henrique IV de Bourbon, na França, que viveu de 1553 a 1610, que o Confit deixa os lares modestos do campo e faz a sua entrada na mesa dos banquetes reais. Quando é evocado na gastronomia francesa, o Confit está ligado à Gasconha - região sudoeste da França. Esta região se destaca por duas preciosidades gastronômicas: o Foie Gras e o Confit, tanto de pato como de ganso. Estas delícias estão diretamente ligadas entre sí, pois duas ótimas carnes para os Confits são as de ganso e sobre tudo, as coxas dos patos cevados para a produção de Foie Gras.


Utilizado em muitos pratos tais como cassoulet ou o garbure (uma suculenta sopa de repolho), saborear o Confit dourado, com sua crosta crocante, acompanhado idealmente por batatas sarladaises (batatas com alecrim, douradas na própria gordura do pato), é uma perfeita combinação dos sabores da Gasconha, em um momento clássico único, do universo gastronômico francês, e por que não dizer, mundial.

Confit de pato com batatas Sarladaises
Sopa Garbure


















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